terça-feira, 31 de março de 2009

Outro indiano

Além do Jodhaa Akbar, comentado logo abaixo, outro filme indiano premiado na última mostra foi o documentário "Crianças da Pira". Prêmio oficial do júri de melhor documentário.

JODHAA AKBAR

Jodhaa Akbar. Isso sim é que é filme indiano!!!
Divertidíssimo, para dizer o mínimo. Justifica-se o prêmio de Melhor Filme no voto popular ganho na Mostra Internacional de São Paulo do ano passado.
Filme longo (três horas e meia, aproximadamente), mas tão leve e divertido que nem se sente.
Curioso notar o uso de todas as fórmulas que já deram certo em Holywood. Bollywood segue a mesma trilha, tentando se valer do cinema de gênero. Mas neste filme em especial poderia-se dizer cinema de gêneros, no plural mesmo. Todos os gêneros populares estão lá, para agradar ao máximo de indianos (e agora também não indianos) possíveis.
Uma verdadeira mega-produção (nesse sentido em nada devendo a Holywood) sobre o casamento do imperador muçulmano Jalaluddin Mohammad Akbar com a hindu Jodhaa, interpretada por Aishwarya Rai, uma das grandes estrelas atuais de Bollywood (é imensa a lista de vídeos com ela no youtube). O que era para ser apenas um casamento político com vistas a pacificar o conflito entre muçulmanos e hindus acaba por desencadear uma atração real entre os protagonistas.
Brega? Sim, e muito! Mas aí que está a graça!! Não é exagero quando digo que as três horas e meia passam voando. Até mesmo porque o roteiro todo é muito bem amarrado e interessante.
Há cenas de batalhas de prender a atenção, embora fique evidente que ainda estão aprendendo a arte: atores se jogam como se atingidos por balas de canhão que caem a metros deles, para ficarmos em apenas um exemplo. Chega a ser engraçado, como também é hilário o exagero dos closes nos personagens para captar suas emoções exageradas no decorrer do filme. Tudo com música, nem que sejam acordes isolados "a la suspense de Hitchcock".
Filme de guerra, de amor, musical (lógico), aventura. Há até cenas de lutas, com direito a slow motion. Um verdadeiro mosaico de gêneros.
E se falta técnica em muitos trechos, sobra capricho na produção em geral. As cenas musicadas são um capítulo a parte. Quando menos se espera, um número musical. Na cena musical mais "encaixada" de todas (quase sem contexto), quando um determinado povo oferece como presente de casamento ao imperador uma dança, a música é de A. R. Rahman, ganhador do Oscar 2009 de melhor canção e melhor trilha com "Quem quer ser um Milionário?".
Divertidíssimo! Não há definição melhor. Desde que, como já dito por aqui antes, visto com concessões.
Pena que dificilmente chegue ao mercado brasileiro.
Quem viu, viu!

segunda-feira, 30 de março de 2009

"Só" com João Miguel e "Moscou" de Coutinho





Acabei de ver no Metrópolis que João Miguel volta ao teatro na peça , no SESC Av. Paulista. Monólogo da autora italiana Letizia Russo. Parece ser bom. Só a presença dele no palco já é uma garantia.



Por falar em teatro, amanhã tem exibição no Cinesesc do novo filme de Eduardo Coutinho, "Moscou". Integrante da mostra de documentários "É tudo verdade", o novo longa de Coutinho é de certa forma uma continuidade na experimentação iniciada com "Jogo de Cena", desta vez filmando os ensaios do Grupo Galpão de teatro. Imperdível. Às 21h, gratuito.

Niquel Nausea



Mais um link, ali no canto inferior direito da tela.
No site do "Níquel Náusea" o cartunista Fernando Gonsales disponibiliza algumas de suas tiras, não apenas do rato.
O trabalho relacionado ao Oscar 2009 é muito bom. Confira.

Slumdog movie


Já faz um bom tempo que estou para escrever sobre o "Quem quer ser milionário?" ("Slumdog Milionary"), ganhador do Oscar deste ano. Não gostei do filme. Mas até que foi bom ter demorado. A "raiva" diminuiu e até consigo ver algumas cenas "boazinhas".
Em primeiro lugar, pareceu-me ser um recorte de vários outros filmes. Acho até que algo parecido já foi dito por aí, mas não tenho certeza. Nas primeiras cenas fica evidente a influência de "Cidade de Deus", embora o diretor Danny Boyle insita em negar. Não faltou nem a galinha, como já haviam me alertado meus caros Thiago Figueiredo e Rogério Tahira.

Trata-se de uma fábula, de um "conto de fadas", impregnado das fórmulas de uma Holywood clássica e da atual Bollywood. Mas apenas superficialmente. nem de longe lembra um filme de Bollywood, como pretendia Boyle.
Acompanhamos a história de Jamal Malik. Ainda menino, conhece e se apaixona por Latika quando ambos ficam órfãos. Esse é apenas o primeiro dramalhão de uma história repleta deles. Mais um péssimo exemplo de filme que quer arrancar a fórceps alguma emoçõa dos espectadores, forçando situações.

Mas voltemos a Jamal. Separado forçosamente de Latika quando ainda crianças, busca durante toda a sua vida por ela. Latika, como exige um conto de fadas, torna-se uma mulher deslumbrantemente lindíssima (a personagem adulta é vivida por Freida Pinto, melhor coisa do filme e com presença já garantida no próximo longa de Woody Allen). É nessa busca por Latika que Jamal decide participar do programa televisivo que dá nome ao título brasileiro. Programa bastante popular na Índia, ele sabe que sua amada estará assistindo ao "Quem quer ser um milionário?" e espera desta forma novamente encontrá-la.

Neste ponto, aliás, é que a história começa a nos ser contada. Jamal, um "favelado", um "vira-lata" como sugere o título original, mal visto por todos, surpreendentemente se destaca chegando à pergunta final e é preso acusado de fraudar o programa, que já havia derrubado "os mais cultos da Índia". A partir daqui temos um artifício de Boyle que achei bastante chato de se ver na tela, embora no livro em que se baseia a história parece ter sido melhor explorado, conforme já li a respeito.

Por meio de cada pergunta feita no programa, Jamal explica ao delegado que o mantém preso como sabia as respostas, tudo sendo relacionado com episódios drásticos vividos por ele até então, repassados por meio de flashbacks. Na telona, achei forçadíssimo. Em cada cena-resposta, uma passagem carregadíssima de drama. No romance "Sua Resposta Vale um Bilhão", de Vikas Swarup, este artifício é explorado para, sempre com humor negro, expor as feridas da Índia moderna, sua pobreza, os abismos sociais e todos os demais problemas terceiromundistas. Disso tudo, no filme há apenas uma intenção de Boyle de mostar as tais feridas. O humor negro está presente, mas de uma forma que não surte o efeito pretendido. Muitas cenas beiram o ridículo, por sinal. Para atingir a fórmula de fábula, o "bom e puro menino", quase imaculado, sobreviverá a tudo e encontrará sua paixão. "É o destino", diz o trailler do filme.

Em alguns poucos trechos Boyle consegue manter uma certa tensão, um certo suspense (como na cena em que Jamal e seu irmão voltam para resgatar Latika, em poder de criminosos). Mas é muito pouco. Tais cenas ficam perdidas em meio a tantos clichês e "inspirações" duvidosas. Não sei se é exagero meu, mas além de "Cidade de Deus", enxerguei um certo Jia Zhang-Ke de "24 City" ou de "Still Life" em uma cena rodada no alto de prédios em construção. Sem a mesma qualidade do chinês, todavia.

Por onde passou arrebatou prêmios: além do Oscar, faturou o Bafta (Grã-bretanha) o Globo de Ouro de filme de drama, entre outros. Juro que não consigo entender essa premiação toda. Tem pontos positivos, claro. Mas o suficiente para tantos prêmios? Acho que não. Seu mais alardeado ponto positivo é um retrato de costumes ocidentalizados da Índia atual: as modernidades tecnológicas chegando a toda a população, os call-centers abarcando grande parte dos novos postos de emprego, a fissura do povo indiano pelos shows de TV. Mas esse "mergulho na cultura" que atribuem a Boyle é apenas superficial.

Cinematograficamente falando, o que os indianos têm de mais divertido ficou de fora. Apesar de usar cores saturadas na tela, não há diversidade como nos alegres filme bollywoodianos. No geral temos um filme escuro. Diversidade de cores apenas quando retrata a "Índia de verdade", em determinada cena nas típicas lavanderias a céu aberto. A música é demasiadamente ocidentalizada (o que até é condizente com a proposta do filme, de mostrar justamente uma Índia ocidentalizada, mas não me agradou). Talvez agrade aos fãs de M.I.A.. Vale lembrar, a título de comparação, que Spike Lee conseguiu uma fusão infinitamente melhor em seu filme "O Plano Perfeito" com o uso da também bollywoodiana "Chaiyya Chaiyya". Até mesmo a novelinha da Glória Fezes tem uma abertura com música mais interessante. A dança, uma das maiores características de filmes indianos, aparece só no final, já com os créditos. E muito pouco, distante do que é normalmente visto em filmes indianos. Boyle parece acreditar que as coreografias indianas resumem-se a muitas pessoas dançando juntas. Os "passos" mesmo são reduzidíssimos. Parece que a cena está ali só para que o longa tivesse um número dançante. Dessa cena pelo menos extrai-se talvez a única canção um pouco mais agradável na trilha: "Jai Ho", de A. R. Rahman, ganhadora do Oscar de melhor canção.
Amanhã, breves comentários de outro filme indiano, esse sim muito divertido: "Jodhaar Akbar".

domingo, 29 de março de 2009

Barrado

Caros sequazes deste Balaio.
Eu pretendia iniciar minha jornada do "É Tudo Verdade" com o festejado filme inédito de quem, dizem por aí, é o maior documentarista de Israel. Assim, já me programava para ir assistir ao Z32, de Avi Mograbi.
Mas me senti barrado. Consultando o site oficial, para saber ao menos do que se tratava o filme e não chegar à sessão "boiando", descubro que a cópia tem legendas em inglês. Ainda não sei o que pensar. Apenas acho lamentável. Não somente porque me senti barrado, mas também porque sabemos o quanto isso delimita o público. Alguém aí dirá: "o público desse tipo de festival já é delimitado". Concordo, mas parcialmente. Se não pensarmos nas exceções também, não haverá como ampliar o gosto desse público, chamar e formar novos cinéfilos. Eu mesmo sou exceção dentre esses frequentadores, como alguns de vocês bem sabem. Sim, me envorgonho um pouco de não saber outro idioma além do português mas, assim como os demais analfabetos deste país (inclusive com relação ao idioma pátrio) conheço as razões e limitações pessoais que me impediram disso.
Acho que cabe ainda citar Ferrez que, muito oportunamente, comenta no "Palavra (en)Cantada" que cultura (ele se referia especificamente à literatura) não pode ser vista como algo inatingível, para poucos. O próprio povo deve ver como algo corriqueiro. Tenho até uma certa bronca com a forma como a palavra "cultura" é utilizada por aí. Sou de uma geração muito mal acostumada a fazer certos tipos de programas, que sequer tenta olhar para , desculpem-me a repetição deliberada, o lado artístico das manifestações artísticas (os blockbusters são apenas um exemplo, a ponta do iceberg). Para esta geração e as subsequentes falar em "fazer um programa cultural" é sinônimo de "status" (intelectual, pelo menos).
Voltando ao Z32, como ver um filme com legenda em inglês poderia ser tido como algo corriqueiro em um país carente até mesmo da educação básica? Exemplo mais próximo para nós de sampa, o ensino estadual desse "maior estado da federação" é uma lástima até na educação básica. Sou egresso desse sistema e sei bem como a coisa é degringolada (de meu tempo de colégio para cá- aproximadamente últimos 15 anos - a coisa só piorou).
Mas resumindo, e desabafos à parte, não poderei assistir ao Z32. Não ouso criticar a organização (apenas lamento) até mesmo porque o filme não pertence à mostra competitiva. Esta sim deve exigir que as cópias cheguem ao Brasil com legendas em nosso idioma oficial (talvez já o exija, não sei). Talvez tenha sido dificultoso trazer Avi Mograbi ao país e uma cópia mesmo com legenda em inglês já seja uma vitória de Amir Labaki e companhia.
A mim, restará assistir a "Sobreviventes". Título bem oportuno, por sinal, não?!
PS (inserido às 17:50): Eu não ía criticar a organização, mas já percebi que alguns dos filmes têm legendagem eletrônica. Assim, poderiam muito bem ter providenciado este tipo de legenda, em português, a tempo. Ou não?

sábado, 28 de março de 2009

Clipes do Balaio # 19 - trilhas dos "esquecidos"

Em homenagem aos magníficos filmes da mostra "Brasileiros e Esquecidos", desta semana que passou, selecionei canções de dois filmes da retrospectiva.

No LADO A, o tema que encerra o pujante "Deserto Feliz": "A Mesma Rosa Amarela", interpretada tanto no filme como aqui por Junio Barreto. A trilha toda é maravilhosa, por sinal.



No LADO B, um trecho do excelente Falsa Loura. Aqui, Cauã Reymond, acompanhado da banda Trupe, interpreta a canção "Noite Vazia", de Paulo Ricardo. No filme, Cauã é o ídolo popular Bruno de André. A cena é uma das "chaves" do filme, primeira "ascensão social" da protagonista vivida por Rosane Mulholland. A atmosfera brega, por sinal, é predominante em toda a história.

Para quem quiser ver mais vídeos do Carlão Reichenbach, diretor do filme, ele mantém um perfil no youtube com cenas de bastidores de filmagens e de festivais e outros vídeos pessoais.

Estreias da semana

Meus destaques dentre os filmes que estrearam ontem nas telonas.

Estou muito curioso para ver o documentário "Anabazys", sobre Glauber Rocha e a produção de seu último filme, "Idade da Terra" (1981). Pelo que andam dizendo por aí, é ótimo. E mesmo que não fosse o "tema" já vale a curiosidade.

Um filme que a princípio não me chamaria a atenção conquistou a crítica especializada e me atraiu a curiosidade: "Simplesmente Feliz", de Mike Leigh.

Também chegou ao circuito comercial o excelente "Che". Já vi durante a Mostra e em breve comento por aqui. Vale o ingresso. E muito.

quinta-feira, 26 de março de 2009

É TUDO VERDADE

Começou hoje o festival de documentários "É Tudo Verdade".
Ainda não tive tempo de fazer uma garimpagem minuciosa do que vai rolar.
Tampouco sei se eu mesmo terei tempo de ir. Mas posso adiantar alguns títulos que já estão em minha mira:
"Moscou", de Eduardo Coutinho;
"Garapa", de José Padilha;
o vencedor do Oscar deste ano, "O Equilibrista", de James Marsh;
e "Samba de Quadra", de Luiz Ferraz e Gustavo Mello.

"Simonal - Ninguém Sabe o Duro Que Dei", de Claudio Manoer, Micael Langer e Calvito Leal, só estará na programação do braço carioca do evento, mas deve estrear em breve no circuito comercial.
Outro que só estará no Rio e sem previsão para o circuito comercial é o interessante "Só Dez Por Cento É Mentira", de Pedro Cezar. Já comentei sobre ele por ocasião da última Mostra de SP.

terça-feira, 24 de março de 2009

Estreias recentes: "Palavra (en)cantada", "Gran Torino" e "The Spirit - O Filme"

Há duas semanas atrás estreou um belíssimo documentário. Tive a oportunidade de comentar aqui, por ocasião da Mostra, sobre o "Palavra (en)cantada", que recomendo. Aliás, pretendo revê-lo. Simplesmente maravilhoso. Foi um dos primeiros que vi durante a última Mostra de SP e cheguei a chorar com a beleza poética do tema. Belíssimas entrevistas, declarações memoráveis de figurões da música popular e imagens raras. Uma preciosidade! Como disse, pretendo revê-lo. Na verdade, assim que for lançado em DVD comprarei uma cópia. A menos que alguém aí resolva me presentear. Belo presente!
Estreia mais recente, da semana passada, outra obra maravilhosa. Lógico que um filme dirigido por Mr. Clint Eastwood não poderia ser diferente: "Gran Torino" é imperdível. Vi e recomendo. Um "quase faroeste" sensacional. Merecerá comentário em separado, em breve! Por ora, àqueles que quiserem mais informações críticas, Mestre Inácio já inseriu postagem a respeito no "Cinema de boca em boca".
Outra estreia da sexta-feira passada é "The Spirit - O filme", baseado no personagem homônimo e sucesso dos quadrinhos, de Will Eisner. Na verdade não li nada positivo a respeito, o que é um péssimo indício. Mas ainda assim estou curioso para conferir. Com Scarlett Johansson!

segunda-feira, 23 de março de 2009

Inácio Araújo e as "cócegas nos olhos"

Costumo comentar com as pessoas que se sei algo sobre cinema hoje devo a duas coisas principais. Em primeiro lugar a uma sede de assistir a filmes de qualquer gênero, de qualquer época, de qualquer cultura. Evidente que só se conhece algo mergulhando no assunto. E se entendo um pouquinho que seja de cinema devo isso ao grande número de vezes que me coloco em frente à telona na sala escura (cerca de 80, 90 vezes por ano).
Mas um outro fator também foi primordial, até mesmo para despertar ainda mais meu interesse e também para delineá-lo e apurá-lo: o curso "História e Linguagem do Cinema", ministrado pelo crítico de cinema Inácio Araújo. Já falei mais de uma vez por aqui a respeito deste curso.
Sempre admirei o trabalho de Inácio como crítico, admiração esta que vem crescendo tendo como parâmetro a qualidade de seus textos e a inevitável comparação com os demais críticos do "mercado".
Evidentemente, nem sempre minhas opiniões coincidem com a de Inácio.
Mas enfim, isso não é importante agora.
Tudo isso é apenas para comentar o último dos textos mais que pertinentes de Inácio Araújo, publicado em seu blog, o "Cinema de boca em boca".
No texto, que parte do questionamento sobre porque certos espectadores saem no meio de uma sessão de cinema, Inácio passa, sempre em leves "pinceladas", sobre a diferença entre o cinema como entretenimento puro e algo mais profundo. Discorre como o cinema comercial acustumou o grande público a ter "cócegas nos olhos" para cenas mais demoradas, que julgam "chatas".
Não bastasse a qualidade do texto, chamou-me ainda mais a atenção por ter sido este assunto o tema de uma conversa que tive na sexta feira passada com um amigo. Mas isso também não é importante.
Em todo caso, vale uma passagem pelo blog de Inácio Araújo.

domingo, 22 de março de 2009

Brasileiros e esquecidos

Para quem, como eu, não conseguiu ver alguns filmes que foram sucesso de crítica em 2008, uma boa chance nesta semana que entra.
No Reserva Cultural até quinta feira, dia 26.03, a Retrospectiva FIC 08 reunirá alguns títulos selecionados pelo crítico de cinema Inácio Araújo. O critério para a seleção pautou-se na diversidade e , sobretudo, na boa recepção pela crítica e ausência de espectadores no circuito comercial (leia o texto oficial de Inácio abaixo).
Sessões gratuitas. Vale conferir.
Programação:
23.03
19h30 - Encarnação do Demônio, de José Mojica Marins
21h15 - Falsa Loura, de Carlos Reichenbach
24.03
19h30 - Corpo, de Rossana Foglia e Rubens Rewald
21h15 - Terra Vermelha, de Marco Bechis
25.03
19h30 - Deserto Feliz, de Paulo Caldas
21h15 - Cleópatra, de Júlio Bressane
26.03
19h30 - Serras da Desordem, precedida de debate com o diretor do longa, Andrea Tonacci, Maria Rita Kehl e mediação do curador da retrospectiva, Inácio Araújo.
"BRASILEIROS E ESQUECIDOS
"Texto de Inácio Araújo
"Nossos filmes vivem uma situação paradoxal: podem tanto produzir um sucesso colossal - Se Eu Fosse Você 2 é o exemplo mais evidente -, como uma série de filmes que, apesar de suas inegáveis qualidades, não se mostra capaz de chegar ao público.
"Para a mostra selecionamos sete filmes brasileiros que qualquer cinematografia do mundo se honraria de ter produzido: Cleópatra, Deserto Feliz, Encarnação do Demônio, Corpo, Falsa Loura, e Serras da Desordem.

"Outros nomes poderiam ser acrescentados a essa lista sem enfraquecê-la. O importante, para nós, é notar a situação abissal em que nos encontramos. Há alguns anos, a proporção de espectadores entre os filmes ditos 'industriais' e os ditos 'independentes' na Argentina oscilava entre 5 e 6 para 1. No Brasil, não é nem mesmo preciso fazer essa distinção.
"Vivemos entre os 'fenômenos' a que o público acorre com sofreguidão (existem outros a lembrar neste ano, ainda que não na mesma escala de Se Eu Fosse Você 2, como Bezerra de Menezes, o Diário de um Espírito ou Meu Nome Não É Johnny).

"O flagrante desequilíbrio entre os filmes que fazem sucesso e essa grande parte deles que não encontra seu público necessita ser pensada, numa cinematografia que se pretende plural. Onde se coloca o problema? Existe um 'gosto do público' que o predispõe a ver certas obras? Existe um problema de distribuição e marketing que mantém afastados certos filmes de seu público? Existe desinteresse dos cineastas em produzir filmes acessíveis aos espectadores?
"À medida que as perguntas são formuladas, tem-se a impressão de que mais claro se torna o desequilíbrio do nosso sistema de produção, que, à falta de uma política capaz de dar vazão aos mais variados desejos cinematográficos, optou pelo empirismo.

" 'Brasileiros e Esquecidos' procura trazer filmes lançados em 2008 que demonstram a variedade de nossos filmes. Existem os de terror e os dramas, os mais experimentais e os mais convencionais, há o retorno de um personagem de enorme sucesso no passado, Zé do Caixão, e filmes produzidos fora do eixo Rio-São Paulo, há nomes reconhecidos em festivais internacionais e novatos. De modo geral, foram recebidos com entusiasmo pelos críticos, mas lhes faltou o olhar atento do espectador. Descobrir o porquê desse curto-circuito tão freqüente entre os filmes e os espectadores continua a ser uma tarefa. Dar uma segunda chance a esses filmes era quase uma obrigação."

Pioneiras

Dentre os links que coloquei à disposição dos leitores deste blog, à direita da tela, há o de um site muitíssimo interessante para quem gosta de música. Trata-se do completo e excelente Gafieiras.

O site é um dos espaços virtuais de uma exposição digna de nota: "Pioneiras". Trata-se da mostra do trabalho de um grupo de fotógrafos criado pelo próprio Gafieiras. Exposição que também pode ser conferida nas mídias indoor nos metrôs (TV Minuto) e ônibus (TVO) de Sampa e em 150 bares de São Paulo e do Rio de Janeiro que integram a rede CineBoteco, acessível, segundo os organizadores, a cerca de 2 milhões de pessoas por dia (ver texto oficial abaixo).

As fotografias têm como objeto cantoras que tiveram início e auge de carreira entre as décadas de 40 a 60, com todas as dificuldades que uma mulher encontrava ao tentar driblar o machismo para se firmar profissionalmente como artista, abrindo caminho para todas as demais cantoras que surgiram e continuam a despontar no cenário musical brasileiro.

Foram clicadas para a exposição as cantoras Ademilde Fonseca, Dóris Monteiro, Alaíde Costa, Claudette Soares, Eudóxia de Barros, As Galvão, Carmélia Alves, Áurea Martins, Claudia Morena, Maricenne Costa, Márcia, Dona Inah e Inezita Barroso - que eu tive o inenarrável prazer de conhecer pessoalmente, por intermédio de sua neta, Fernanda Barroso, e de meu irmão, em uma agradável noite de causos à mesa de um boteco -. Algumas ainda em plena atividade, mas no geral, com pouquíssimas excessões, esquecidas pela grande mídia.
A visita ao site e a leitura dos textos que acompanham os trabalhos é obrigatória para aqueles que prezam pela história de nossa música.

"ANTES DE TUDO, A MÚSICA

"A exposição fotográfica Pioneiras é uma homenagem à música brasileira e, claro, às mulheres. Focaliza 13 artistas de diferentes gêneros musicais que foram pioneiras em assumir o palco como meio de expressão pessoal e artística entre os anos 1940 e início dos anos 1960. Mulheres que romperam as fronteiras firmadas pela sociedade da época, que as condenavam ao universo doméstico ou a determinadas atividades profissionais. Mulheres que materializaram o desejo de serem artistas num meio dominado pelos homens e pelo machismo. Mulheres que contribuíram para que as gerações seguintes enfrentassem menos trânsito para se expressar sobre temas vistos da perspectiva feminina.
"Pioneiras também marca o nascimento deste grupo de sete fotógrafos profissionais que se dedica a registrar e difundir imagens da música brasileira contemporânea. Filiado editorialmente ao Gafieiras, o grupo tem na difusão não-convencional a chave para que este conteúdo fotográfico ultrapasse as galerias e os veículos especializados. A multicolor e sincrética música brasileira tem de circular pelo maior número de pessoas.
"Assim, além de seu site oficial, a exposição Pioneiras estará nas mídias indoor nos metrôs (TV Minuto) e ônibus (TVO) da capital paulista, além dos 150 bares de São Paulo e do Rio de Janeiro que integram a rede CineBoteco. Durante um mês, a partir deste 8 de março de 2009, cerca de 2 milhões de pessoas por dia terão a companhia de Inezita Barroso, Alaíde Costa, Ademilde Fonseca, Dóris Monteiro e outras nove mulheres que, em plena atividade artística, toparam ser clicadas em ambientes extrapalco.
"Atemporal, esta exposição é um convite fotográfico para curtir e descobrir as histórias dessas 13 pioneiras que, antes de tudo, escolheram a música para viver."




Crédito das fotografias publicadas aqui: 1) mão ao piano de Eudóxia de Barros, por Otávio Valle; 2) Alaíde Costa, por João Correia Filho; 3) Claudette Soares, por Fernando Angulo; 4) Inezita Barroso, por Renato Nascimento; e 5) Maricenne Costa, por Fernando Angulo.

sexta-feira, 20 de março de 2009

Clipes do Balaio # 18: Barcelona!!!

Clipe único nessa semana (escusas, mas de fato tô na correria).
E em retribuição a um pedido meu atendido no Cinemadicto, deixo vocês com o divertido clipe da canção "Barcelona", interpretada por Giulia y los Tellarini - grupo baseado em Barcelona e capitaneado pela italiana Giulia Tellarini - , da trilha do filme "Vicky, Cristina, Barcelona" - trilhas sempre escolhidas a dedo por Woody Allen.

quinta-feira, 19 de março de 2009

Sobre Will Eisner

No comecinho de fevereiro, quando escrevi por aqui sobre a retrospectiva da Sutil Cia. de Teatro e comentei sobre a "Avenida Dropsie" - que Hirsch, Weber e Cia. magistralmente levaram para os palcos em montagem que até Will Eisner aplaudiria de pé - lancei um desafio a meu amigo Adilson Thieghi, do BAR1211!: comentar a obra do quadrinista.
E o sujeito não só topou o desafio como fez um trabalho excelente!
Imperdível para quem gosta de Eisner e para quem viu ou pretende ver a peça, que entrará novamente em cartaz nesta sexta, 20/03, e permanecerá sendo montada até 05/04.
São 4 textos que compõem a série "Will Eisner, a revolução dos quadrinhos": 1) "O Balzac das HQs", sobre a ousadia de Eisner ao se aproximar de um mundo real em suas "graphic novels", comparada a de Balzac na literatura; 2) "As Modernidades nas Artes", sobre a nova linguagem imposta por Eisner nos quadrinhos e seus equivalentes no cinema, na literatura e na pintura; 3) "Atores de Papel", sobre a caracacterização drasticamente humana de seus personagens e a forma como Eisner os "dirige" na história; e 4) "A Poesia das Águas", sobre o "personagem" mais característico de Eisner: a chuva!

quarta-feira, 18 de março de 2009

Comida árabe

Gosta da culinária árabe?

Acompanho um blog muito bom sobre culinária, muito bem escrito pelo Chef Julinho (volta e meia dou muitas risadas também com sua crítica ácida - e sempre sensata - a respeito de restaurantes "sofisticados" - nem a nova empreitada de Alex Atala escapa -).
Nesta semana ele indica um restaurante árabe que conheci recentemente e entrou fácil pra minha lista dos melhores de sampa, no adorável bairro do Paraíso: "Tenda do Nilo".
Vale a pena ler o que Julio Bernardo escreve a respeito: http://chefjulinho.blogspot.com/2009/03/habib.html!

E lógico, vale a visita ao restaurante, Habib!


quase...

Quase dou um del neste blog...
Andei muitíssimo atarefado. E, trabalhando com computador o dia inteiro, andei sem paciência pra escrever por aqui. Aliado isso tudo à minha autocrítica com relação à qualidade de meus últimos textos, infindáveis rascunhos impublicados e baixa audiência (com raras exceções de amigos fiéis que batem cartão por aqui e me estimulam a continuar), quase desisito.
Em breve mergulharei em um projeto profissional que tolherá ainda mais meu tempo para o blog. Com certeza escreverei pouco. Pelo menos pretendo publicar textos melhor acabados, já que mais raros.
Agradeço a compreensão, peço desculpas à restrita audiência que me cobrou e mãos à obra já que o espaço continha ativo!

domingo, 8 de março de 2009

Clipes do Balaio # 17 - Dia da Mulher

Minha pequena homenagem às mulheres!!
Tentei fugir do óbvio, como de costume.
Acho até que há músicas mais representativas, mas Silvia Machete e sua "Simplesmente Mulher" dá um toque atualíssimo à feminilidade atual, mais independente, embora ainda com todas as suas contradições internas (que não seriam do ser humano em geral?!).
Machete (vale a pena ficar de olho nela) estará daqui a pouquinho no show do Parque Ibirapuera em homenagem ao dia, ao lado de outras cantoras do novo cenário musical brasileiro.

LADO A, SÍLVIA MACHETE: "SIMPLESMENTE MULHER"



No lado B, um perdido em meio a essa independência toda. Porque nós homens também temos sentimentos, oras! E ainda queremos "essa mulher"!
Arnaldo Antunes, em clipe dirigido por Laís Bodanzky ("Bicho de Sete Cabeças", "Chega de Saudade") e estrelado pela atriz Vanessa Gerbelli.

LADO B - ARNALDO ANTUNES: "ESSA MULHER"

terça-feira, 3 de março de 2009

Efeito randômico #3

Mais um daqueles setlists aleatórios (depois de ter ouvido todas do Macaco Bong via Myspace):

1. MEU PATUÁ - Hyldon
2. NA SOMBRA DE UMA ÁRVORE - Hyldon
3. THE BLOWER'S DAUGHTER - Damien Rice
4. DOS GARDENIAS - Ibrahim Ferrer
5. BLITZKRIEG BOP - Ramones
6. BLACKBIRD - Beatles
7. SUÍTE N. 1, OP. 46 DA ÓPERA PEER GYNT (de Ibsen), de GRIEG, "No Hall do Rei da Montanha"
8. HAZ UM MILAGRO OTRA VEZ - Moncho
9. DO LEME AO PONTAL/O DESCOBRIDOR DOS SETE MARES - Monobloco
10. ÊTA VIDA - Raul Seixas e Sérgio Sampaio
11. SE TE AGARRO COM OUTRO TE MATO - Sydnei Magal (!!!)

semana musicalíssima!!

Ontem "reclamei" da agenda de shows ótimos em horários inapropriados do Studio SP (ao menos para quem tem que acordar cedo).
Mas não é que alguém do Itaú Cultural atendeu aos meus pedidos?!!?!?!
Deem uma olhada nessa excelente agenda de shows GRATUITOS que rola até o dia das muié (08.03):

* quarta 4 de março 20h
show de lançamento do CD Violas de Bronze, com Siba (PE) e Roberto Corrêa (DF)
participação de Paulo Freire (SP)
Representantes de gerações inovadoras da música brasileira, o rabequeiro Siba e o violeiro Roberto Corrêa são parceiros neste disco. Eles convidam o também violeiro Paulo Freire para celebrar o lançamento do CD.

*quinta 5 de março, 20h
Móveis Coloniais de Acaju (DF) recebe Bocato (SP)
O grupo Móveis Coloniais de Acaju convida o trompetista Bocato para uma noite de rock e ska. Os brasilienses e o músico paulista brindam o público com criações próprias e releituras de clássicos brasileiros.

*sexta 6 de março20h
Cabruêra (PB) recebe Bnegão (RJ)
O grupo paraibano Cabruêra, com seus timbres pops e regionais, recebe o rapper carioca Bnegão, ex-vocalista do Planet Hemp e integrante de Os Seletores de Frequência e do Turbo Trio. No repertório, músicas dos três primeiros discos da banda e canções como V.V. (BNegão e Os Seletores) e Sorriso Aberto (Guará).

*sábado 7 de março20h Cidadão Instigado (CE) recebe Rodrigo Amarante e Karine Carvalho (RJ)
A mistura de jazz, repente, blues, drum'n'bass, samba e maracatu dos cearenses do Cidadão Instigado se encontra com a sonoridade de Rodrigo Amarante, ex-Los Hermanos e integrante dos grupos Orquestra Imperial e Little Joy, e da atriz e cantora Karine Carvalho (3 Na Massa e esposa de Amarante).

*domingo 8 de março20h Pata de Elefante (RS) recebe Macaco Bong (MT)
Pata de Elefante encerra os shows com seu rock instrumental e repertório que inclui Um Olho no Fósforo, Outro na Fagulha; e Marta e Hey. Outro trio de rock instrumental acompanha o grupo gaúcho: o Macaco Bong, banda mato-grossense cujo CD de estreia, Artista Igual Pedreiro, foi considerado o Melhor Disco Nacional de 2008 pela revista Rolling Stone.

TUDO GRATUITO, MEU!
nos vemos em alguns desses aí...

segunda-feira, 2 de março de 2009

Destaques do Mês no Studio SP

Difícil! Desse jeito não se faz mais nada a não ser cair na esbórnia (ainda que com qualidade).
A programação de sampa é uma perdição para os aficcionados por artes em geral! E dentro de botecos entao, um inferno!

Amanha tem numa tacada só no Studio SP "Garotas Suecas", "Macaco Bong" e "Hoelger". Esse último nao faço ideia do que seja, mas o "selo" Studio é uma boa garantia. "Macaco" tenho grande curiosidade pra ouvir ao vivo. Pelo Myspace, foi dos sons mais loucos que ouvi ano passado. Altas pirações instrumentais em seu trabalho "Artista igual pedreiro". ah, nao tivesse sem grana e nao precisasse madrugar na quarta!
Na quarta tem TIÊ. ouvi a moça no "Musica de bolso". De uma pesquisada por lá. o som é bem agradável.
Na quinta, 05/03, a nova banda de Plinio Profeta: Bife! O nome é bom.. e se depender dos trabalhos anteriores de Plinio... promete!
Agora sensacional mesmo é o que vem nos dias 13, 20 e 27 de março: DEL REY!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!
já tô lá, em algum desses dias!

Contratempo


Se você estiver em dúvida de que sessão pegar, e uma delas for o documentário "Contratempo", de Malu Mader e Mini Kerti, vá à outra.

Explico.

O documentário cobre as histórias pessoais de alguns dos alunos do projeto social Villa-Lobinhos, no Rio de Janeiro, cujo enfoque é ensinar música erudita a jovens de comunidades carentes e, com isso, tirá-los da rua e lhes dar um futuro melhor. A intenção, como se vê, é das melhores, e o Villa-Lobinhos merece toda a atenção e homenagens possíveis, pelo belo trabalho que exerce.

O problema está no documentário.

Não é de todo ruim, diga-se.

Com um tema perigoso (cair no óbvio é uma armadilha e tanto), as diretoras tentam fugir dos lugares-comuns, com algum êxito. Ganham em sinceridade em suas intenções. Mas no geral o filme acaba tendo um acabamento de "Filme institucional de ONG", com uma clara mensagem "do bem". Até nesse ponto, os personagens que "se dão mal" servem para confirmar a regra do "a música salva". Mais uma vez, obviedades na tela.

Documentário deve ser algo mais do que apenas ligar a câmera e não é isso o que se verifica por aqui. Mesmo quando acompanha por mais tempo alguns personagens específicos, mostrando a superação das dificuldades por intermédio da música.

Alguns retratados são de fato ótimos personagens e por si só já valem alguns créditos ao filme. A viagem de alguns integrantes à Nova Iorque e a descontração e deslumbramento deles é muito boa. Alguns trechos, portanto, muito bons no filme. Mas no geral, muita "encheção de linguiça", repetitivo mesmo em vários momentos.

Tema bom, mas não tão bem conduzido.

Filme para se ver quando exibido em algum canal institucional ou educativo, para se conhecer apenas superficialmente o trabalha do projeto social retratado.

Estreou semana passada

Se alguém tiver interesse: por ocasião da Mostra de Cinema eu já havia comentado por aqui, em breves linhas, sobre um filme que entrou fácil pra minha lista dos melhores da Mostra. Refiro-me ao turco "Três Macacos".
Agora ele já estreou no circuito comercial. Quem quiser conferir as minhas primeiras impressões antes de checar pessoalmente na telona, é só checar o arquivo.
Assim que eu tiver uma brecha por aqui comento outros filmes turcos da Mostra.

Enciclopédia teatral

Fiz a propaganda da retrospectiva da Sutil Cia. de Teatro mas eu mesmo ainda não fui ver. Tenho pouco mais um mês pra ver as 3 peças. Quando eu vê-las, comento por aqui.
Por ora, outro assunto do teatro. Mais exatamente, sobre uma excelente fonte de consulta pra quem se interessa pelo tema.
O Insitituto Itaú Cultural mantém (agora ampliada) uma Enciclopédia Virtual sobre o tema. Na "Enciclopédia Itaú Cultural - Teatro" é possível pesquisar sobre qualquer personalidade dos tablados, companhias, espetáculos, etc. Em alguns casos o detalhamento das biografias impressiona pela riqueza.
Pra quem é não é do ramo mas é tão curioso quanto eu, uma ótima fonte de consulta para entender o trabalho de alguns nomes da dramaturgia.