segunda-feira, 2 de novembro de 2009

Do Azerbaijão ao Brasil, passando por Irã e Rússia

"A 40ª Porta" (Azerbaijão), de Elchin Musaoglu. Curioso. E apenas isso. A curiosidade vem de se ver algo de um país sem tradição alguma no cinema. Começa ruim, melhora, piora, e quando dá a impressão que vai melhorar de vez (com a história do menino que gostaria de mudar de vida tocando um instrumento de percussão), o filme acaba.
"Ninguém Sabe dos Gatos Persas" (Irã), de Bahman Ghobadi. Excelente. Em um país fundamentalista onde álcool e rock são crimes gravíssimos, o diretor vai atrás da cena musical underground em Teerã. Bandas que precisam se esconder para ensaiar. País onde ser músico é ser subversivo. Bastante documental e com forte influência pop - que se evidencia nos momentos de vídeoclipes durante os ensaios das bandas visitadas -é uma das preciosidades que não podem deixar de serem vistas nesta edição da Mostra.
"Enfermaria Número 6" (Rússia), de Karen Chakhnazarov. Indicado ao Oscar pela Rússia. Baseado em conto de Tchecov. O conto deve ser bom, já que a história é muito boa! O filme não é. Meus primeiros cochilos desta Mostra. Fuja!
"Os Inquilinos" (Brasil), de Sérgio Bianchi. O filme atinge o que pretende e é muito bem conduzido. Mas só vale pelos aspectos técnicos, o que, convenhamos, não pode ser a única coisa a ser buscada no cinema. Mais do mesmo - outro "filme de miséria", mas sem a genialidade de um "Linha de Passe" -, com atores medianos. Não gostei.

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