sábado, 31 de outubro de 2009

Mais da Mostra: do grotesco ao sublime, do essencial ao dispensável

Algumas impressões sobre a Mostra, que entra em sua última semana.
"À Procura de Eric" (Inglaterra), de Ken Loach: Muito divertido e singel. Vale a pena ser visto. Tem previsão de lançamento comercial no dia 06.11, segundo a FSP.
"Alga Doce" (Polônia), de Andrzej Wajda: muito belo, mas aproveita mais quem já vai sabendo do que se trata: mistura da realidade da atriz, que perdeu o marido recentemente (fotógrafo do diretor), com a historia da personagem principal da parte ficcional, que também lida com a morte de seus dois filhos na guerra. Belíssimas imagens e textos.
"Hotel Atlântico" (Brasil), de Suzana Amaral: espécie de road movie brasileiro, o personagem principal vai encontrando em seu caminho diversos tipos. É o que mantém o filme atraente. Gero Camilo, João Miguel e Mariana Ximenes como sempre em ótimas interpretações.
"Aconteceu em Woodstock" (EUA), de Ang Lee: Muito bom! Em meio ao caos colorido de Woodstock Ang Lee consegue focar em apenas um personagem, e o acompanha com sua câmera em meio ao labirinto humano e psicodélico de uma época de libertações. Estreia prevista para 13.11
"O Primata" (Suécia), de Jesper Ganslandt: ótima ideia jogada no lixo. O dia de um assassino, acompanhado de perto pela câmera. Ideia boa, mas filme muito chato.
"Katalyn Varga" (Hungria, Rômênia), de Peter Strickland: bela surpresa. Fotografia linda, um tanto medieval (embora não seja filme de época), história boa, boa direção. Filme muito bom, pra compensar a porcaria vista antes ("O Primata").
"Alô, Alô, Terezinha" (Brasil), de Nelson Hoineff: muito ruim e grotesco, se pretende como extensão dos programas do Velho Guerreiro mas consegue no máximo ser um Ratinho, com algumas pitadas de Luciana Gimenez. E joga no lixo a ideia de se fazer um documentário sobre um ícone da TV.
"Corações em Conflito" (Suécia, Dinamarca, Alemanha), de Lukas Moodysoon: produção globalizada com Gael Garcia Bernal como protagonista. Gostou? Não se iluda: o filme é conservador e extremamente piegas. Há bons momentos, principalmente quando a câmera deixa de lado as lições de moral que pretende dar ao espectador e foca nos conflitos de seus personagens. Mas não salva o longa.

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