quarta-feira, 11 de fevereiro de 2009

As dez mais paulistanas (Continuação)


9. MUTANTES. Qualquer uma dos Mutantes. É Rock Zona Oeste, Bicho!!! É Pompéia, meu!!! Cosmopolitas que eram, não havia outra cidade passível de servir de palco de estréia para os lunáticos Sérgio Dias, Arnaldo Baptista e Rita Lee que não São Paulo. Mas difícil encontrar uma música que realmente remeta à imagem de Sampa. Talvez porque o som transcenda as fronteiras da cidade. Não é apenas de São Paulo, com certeza. Mas pra pensar em uma: talvez a regravação de “Rua Augusta”, ou “Ando meio desligado”, ou ainda “Caminhante Noturno”, que talvez melhor combine com um lado soturno de cidade grande. Por outro lado, do ponto de vista estritamente pessoal, “Batmacumba” (de Gil e Caetano) tem embalado alguns de meus momentos pré e pós-baladas em Sampa. Poesia concretista na megalópole de concreto. Com escusas pelo infame trocadilho, é dessa canção a nona posição desta lista.




10. JUVENAR, de André Abujamra e Carneiro Sândalo (2000). Acho que eu jamais teria conhecido o KARNAK, excelentes loucos músicos capitaneados pelo genial André Abujamra, se eu não tivesse vindo pra cá no já longínquo ano de 1997 (como também não teria conhecido Funk Como Le Gusta e tantas outras expressões musicais da ótima cena de São Paulo). De lá pra cá foram mais de vinte shows karnakianos, nos mais diversos moldes e formas. Banda com som tipicamente paulistano, mistura de sons e sotaques! Qualquer canção do grupo que constasse desta lista estaria muito bem encaixada. Mas “Juvenar”, além de ser uma das mais famosas, é um bom retrato do stress que vez ou outra aflora nos paulistanos, presos no trânsito ou respirando o ar poluído da cidade, que não demoram pra esbravejar, praguejar e desejar fugir para o campo. Pena não encontrar um vídeo decente, mas tá valendo:


É. Nem tudo são flores mesmo. Mas aqui volto à primeira música da lista: “Porém com tanto defeito, te carrego no meu peito, São São Paulo, meu amor!”.

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