segunda-feira, 9 de fevereiro de 2009

Chica-chica-boom-chic


Se Carmem Miranda ainda estivesse entre nós estaria completando hoje cem anos de vida.
Foi graças a esta portuguesinha com coração brasileiro, "pequena-notável", que muitos sambas ganharam a eternidade. Que o digam Assis Valente ("E o mundo não se acabou") e Dorival Caymmi ("O que é que a baiana tem?"). Foi com essa canção de Caymmi, aliás, que ambos os gênios, Dorival e Carmem, foram projetados ao estrelato. Com méritos de sobra, diga-se.
Foi Dorival, falecido ano passado, quem ensinou a Carmem os trejeitos básicos da baiana estilizada que tanto alvoroço causou nos Estados Unidos. Lógico que sem o talento e charme de Carmem, que os incorporou indissociavelmente à sua imagem, de nada valeriam os ensinamentos do mestre baiano. Foi com essa personagem que ela se tornou, acompanhada quase sempre de seu "Bando da Lua", a artista mais bem paga dos musicais de Holywood nos anos 40/50, o que não é pouco.
Vale ficar atento a uma série de eventos especiais que devem rolar neste mês por aí. O Sesc SP, como sempre, não fica de fora: dia 28/02, às 21h, no teatro do Sesc Pompéia, Carlos Careqa, Mário Manga, Maurício Pereira e Terno de Damas homenageiam a cantora. R$ 16,00 o ingresso inteiro.
Com certeza um bom programa, com humor garantidíssimo com o trio Careqa-Manga-Pereira!!!
No vídeo, ao som de "Chica Chica Boom Chic", Carmem em cenas de diversos filmes brasileiros e americanos.


PS: já andei ouvindo por aí que Carmem Miranda soa como "coisa de velho". Mas apenas para quem não entende o valor cultural que uma boa música (arte em geral, na realidade), atemporal, tem! Com certeza alguém que ouve APENAS UM ou outro "ritmo" ("eletrônico" ou não), e ainda assim apenas pelo lado "diversão", não conseguiria entender mesmo...

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