segunda-feira, 23 de março de 2009

Inácio Araújo e as "cócegas nos olhos"

Costumo comentar com as pessoas que se sei algo sobre cinema hoje devo a duas coisas principais. Em primeiro lugar a uma sede de assistir a filmes de qualquer gênero, de qualquer época, de qualquer cultura. Evidente que só se conhece algo mergulhando no assunto. E se entendo um pouquinho que seja de cinema devo isso ao grande número de vezes que me coloco em frente à telona na sala escura (cerca de 80, 90 vezes por ano).
Mas um outro fator também foi primordial, até mesmo para despertar ainda mais meu interesse e também para delineá-lo e apurá-lo: o curso "História e Linguagem do Cinema", ministrado pelo crítico de cinema Inácio Araújo. Já falei mais de uma vez por aqui a respeito deste curso.
Sempre admirei o trabalho de Inácio como crítico, admiração esta que vem crescendo tendo como parâmetro a qualidade de seus textos e a inevitável comparação com os demais críticos do "mercado".
Evidentemente, nem sempre minhas opiniões coincidem com a de Inácio.
Mas enfim, isso não é importante agora.
Tudo isso é apenas para comentar o último dos textos mais que pertinentes de Inácio Araújo, publicado em seu blog, o "Cinema de boca em boca".
No texto, que parte do questionamento sobre porque certos espectadores saem no meio de uma sessão de cinema, Inácio passa, sempre em leves "pinceladas", sobre a diferença entre o cinema como entretenimento puro e algo mais profundo. Discorre como o cinema comercial acustumou o grande público a ter "cócegas nos olhos" para cenas mais demoradas, que julgam "chatas".
Não bastasse a qualidade do texto, chamou-me ainda mais a atenção por ter sido este assunto o tema de uma conversa que tive na sexta feira passada com um amigo. Mas isso também não é importante.
Em todo caso, vale uma passagem pelo blog de Inácio Araújo.

Um comentário:

Anônimo disse...

Daniel, assimo embaixo. As aulas do Inácio são ótimas, assim com o os textos.