terça-feira, 31 de março de 2009

JODHAA AKBAR

Jodhaa Akbar. Isso sim é que é filme indiano!!!
Divertidíssimo, para dizer o mínimo. Justifica-se o prêmio de Melhor Filme no voto popular ganho na Mostra Internacional de São Paulo do ano passado.
Filme longo (três horas e meia, aproximadamente), mas tão leve e divertido que nem se sente.
Curioso notar o uso de todas as fórmulas que já deram certo em Holywood. Bollywood segue a mesma trilha, tentando se valer do cinema de gênero. Mas neste filme em especial poderia-se dizer cinema de gêneros, no plural mesmo. Todos os gêneros populares estão lá, para agradar ao máximo de indianos (e agora também não indianos) possíveis.
Uma verdadeira mega-produção (nesse sentido em nada devendo a Holywood) sobre o casamento do imperador muçulmano Jalaluddin Mohammad Akbar com a hindu Jodhaa, interpretada por Aishwarya Rai, uma das grandes estrelas atuais de Bollywood (é imensa a lista de vídeos com ela no youtube). O que era para ser apenas um casamento político com vistas a pacificar o conflito entre muçulmanos e hindus acaba por desencadear uma atração real entre os protagonistas.
Brega? Sim, e muito! Mas aí que está a graça!! Não é exagero quando digo que as três horas e meia passam voando. Até mesmo porque o roteiro todo é muito bem amarrado e interessante.
Há cenas de batalhas de prender a atenção, embora fique evidente que ainda estão aprendendo a arte: atores se jogam como se atingidos por balas de canhão que caem a metros deles, para ficarmos em apenas um exemplo. Chega a ser engraçado, como também é hilário o exagero dos closes nos personagens para captar suas emoções exageradas no decorrer do filme. Tudo com música, nem que sejam acordes isolados "a la suspense de Hitchcock".
Filme de guerra, de amor, musical (lógico), aventura. Há até cenas de lutas, com direito a slow motion. Um verdadeiro mosaico de gêneros.
E se falta técnica em muitos trechos, sobra capricho na produção em geral. As cenas musicadas são um capítulo a parte. Quando menos se espera, um número musical. Na cena musical mais "encaixada" de todas (quase sem contexto), quando um determinado povo oferece como presente de casamento ao imperador uma dança, a música é de A. R. Rahman, ganhador do Oscar 2009 de melhor canção e melhor trilha com "Quem quer ser um Milionário?".
Divertidíssimo! Não há definição melhor. Desde que, como já dito por aqui antes, visto com concessões.
Pena que dificilmente chegue ao mercado brasileiro.
Quem viu, viu!

Nenhum comentário: