quinta-feira, 20 de novembro de 2008

Bárbara + Del Rey = A FESTA (PARTE I, O PÚBLICO)

Alguns comentários sobre essa que, pra mim, foi a mais impressionante balada do ano até agora.
Pena que começou tão mal.
Pois bem, fui conferir os dois shows de quarta no Studio SP
Já pude presenciar alguns outros eventos do Projeto Cedo & Sentado e fiquei impressionado com a quantidade de público antes do início deste de quarta. Ou Bárbara Eugenia já esta bombando por aí e eu ignorava esse fato ou a véspera de feriado mais a presença de Otto foram grandes chamarizes para o show.
Bárbara sobe ao palco e concluo: o público foi ver o Otto.
Povo mal educado mesmo esse brasileiro. Ou será o paulistano (não fui a muitas apresentações musicais fora daqui)? A menina sobe, começa a cantar e as conversas paralelas continuam! Ok, estamos falando de um bar, mas não um bar qualquer. O Studio SP desde os bons tempos de Vila Madalena prima pela boa música. Das mais variadas vertentes. Há um público que vai atraído pela programação musical. Digo isso tudo porque em determinado momento quase não se conseguia prestar atenção ao show. Um babaca, por exemplo, queria conversar mais alto do que as caixas de som. Esse pelo menos eu consegui entender (indignado) o motivo. Ele foi tão somente para acompanhar a namorada que, coitada, ficava sozinha assintido ao show enquanto o energúmeno tagarelava sabe-se lá o que com o amigo. Esse tipo de atitude eu já vi muito em shows gratuitos, principalmente no Parque do Ibirapuera. As conversas paralelas atrapalham sobremaneira a quem quer ouvir o som, mas sendo uma grande aglomeração de pessoas em espaço aberto até se releva um pouco. Com alguma sorte se aproxima do palco e aí sim curte-se o espetáculo em maior grau.
Mas em um bar fechado? Bom, também é de graça o Projeto Cedo & Sentado... Talvez quem não pague ingresso não dê mesmo valor. Ou talvez não seja isso. Sei lá. Quando Otto subiu pra cantar apenas duas músicas esse mesmo povo até cantou junto com ele.

Alguns outros acontecimentos vieram à minha lembrança.
A primeira diz respeito a uma nota de jornal (se não me engano FSP) em meus primeiros meses em sampa, lá no início de 1997. Era a respeito de um show que, se não me falha a memória, era de Cesaria Évora. Receberia como convidada no palco a Marisa Monte. O show começa e o povo impaciente, não gostando e querendo ver Marisa, começa a vaiar a "dona" do show. Total desrespeito com a anfitriã e com o público real dela (ainda que poucos, não sei ao certo) . Esses "vaiadores" não sabiam que o show não era da Marisa, que ela cantaria apenas algumas músicas?? Não sabem o que significa "artista convidado"???? Lamentável...

Fato bastante parecido ocorreu no show de Maria de Medeiros, na cerimônia de encerramento da Mostra de Cinema deste ano.
Um grupo que estava ao meu lado, quatro pessoas aparentemente da mesma família, em total desrespeito com os outros espectadores, demonstravam EM ALTA VOZ que não estavam gostando. E não estou entrando no mérito, se era ou não bom show. Até porque isso é personalíssimo. O que discuto é: por que não se levantam e vão embora, se não estão gostando?? Gente ignorante, no sentido amplo da palavra. Em determinado momento uma delas se levantou para ver o show da bancada (quem conhece o teatro do Sesc Pinheiros sabe do que estou falando), atrapalhando a visão dos demais e tendo que ouvir um sonoro "Senta!". Ao fim da apresentação a outra menina do mesmo grupa ainda solta, aliviada, um "Ufa!", como se tivesse sido obrigada a ficar até o fim e, lógico, se ela não gostou é porque não prestava mesmo (!?). Não entendo! Ou vai embora ou fica quieto.
Ainda na Mostra, meu amigo Rogério Tahira testemunhou atitude parecida de outro energúmeno dentro de uma sala de cinema, conforme relata em seu blog, .
Por fim (e associação automática, talvez por ser mais recente, talvez por ser texto de Mariá): Mariá Portugal (ah, Mariá!!!! ai, ai) comentou algo bastante semelhante em seu blog. Foi a um show no Sesc Pompéia e, lá também, as malditas conversas paralelas! O que presenciei no Studio, porém, acredito ser mais grave, assemelhando-se com as vaias que antecederam a subida de Marisa Monte naquele tal show de 1997. Marisa lá e Otto no show de Bárbara, ao contrário de Alva Noto (no show comentado por Mariá), eram apenas convidados.
Mas deixa pra lá. Minha indignação não será "ouvida". Muitas conversas paralelas impedem.

Um comentário:

cinemadicto disse...

kraca, nem tinha chegado no fim do texto e ja me veio a lembrança do ser barbudo descalço tomando seu chimas kkkkkkkk. é phoda né meu amigo, mesmo quem teve a oportunidade de usufruir de um pouco de educação, não a utiliza neste país. é aquela história q conversamos certa vez ... depois os franceses q são arrogantes ...